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HERÓIS DOS GIBIS E SEUS AJUDANTES

HERÓIS DOS GIBIS E SEUS AJUDANTES

Desde o inicio da publicação dos personagens das histórias em quadrinhos nas tiras de jornais, grande parte dos heróis, sempre teve um auxiliar na luta contra o mal. Para o público do começo do século XX, parecia ingenuamente, que a causa era nobre e se tratava de uma influência patriarcal, plena de ensinamentos até didáticos. Não vamos aqui analisar a parte moral, ética e política desses heróis, pois eles foram concebidos, numa época onde esses conceitos eram ignorados e não existia a expressão do politicamente correto. Nos anos 50, já havia crítica e interrogações sobre o porquê dos heróis dos quadrinhos, em sua maioria mascarados, precisar de auxiliares de menor de idade. As poucas heroínas dos gibis, não tinham nenhuma parceira feminina e isso também contribuiu para que certa parte da sociedade norte-americana e também do Brasil, fizessem duras campanhas contra as HQs, chegando a ponto de aqui no Brasil, colégios de orientação religiosa, pedissem aos pais para queimarem os gibis. Mas o que vamos comentar e com certo bom humor é o lado ingênuo e talvez, destituído de maldade dos criadores desses heróis.

BATMAN Criado pelo escritor Bill Finger e pelo desenhista Bob Kane em 1939, para a revista Detective Comics (que deu origem a DC Comics atual) esse herói tem facetas em sua personalidade que dá motivos para muitas interrogações. Bilionário, filantropo, playboy, mas que necessita da proteção paterna de um mordomo inglês, para servir de confidente, serviçal e cumplice. Sem superpoderes, mas com um porte e agilidade física de campeões olímpicos e de uma inteligência rara, é de estranhar que tenha precisado de um ajudante. Mas não é que ele foi tirar de um circo, um trapezista adolescente e órfão para ser seu parceiro? Na década de 40 parecia gesto heroico e nobre, mas desde os anos 60 se questiona a sexualidade do homem-morcego. O cara tem “ficantes” desde sua criação e somente depois que a mídia americana passou a falar desses relacionamentos entre super-heróis foi que a DC passou a transformar o Jovem Dick Grayson, de Robin para Asa Noturna, mas tratou de preservar o personagem anterior. Bruce Wayne, alter ego do Batman mora numa mansão, mas nos quadrinhos não leva mulher nenhuma para lá. Nem para a Bat-Caverna.

ARQUEIRO VERDE Criado em 1941 por Mort Waisinger e George Papp, visivelmente inspirado em Robin Hood e no Batman. A cópia do Batman é tão notória que Oliver Jonas Queen, também foi criado como sendo bilionário, morando numa mansão e sob ela tinha seu esconderijo (claro que não podia ser a bat-caverna). Assim como o cavaleiro das trevas tem seu cinto de utilidade, ele tem a sua aljava onde guarda todo tipo de flechas, desde a luva de boxe e a que solta gás paralisante, a que conta piadas de mau gosto e o bandido se rende pra não ouvir. Assim como o Batman, esse herói verde teve suas histórias originalmente publicadas pela EBAL durante mais de duas décadas. Pra não perder para o Batman, tratou de arranjar um ajudante de luta e foi adotar Roy Harper que depois de treina-lo no arco e flecha, deu-lhe uma fantasia e denominou de Speedy. Mas aqui no Brasil não se sabe como, a EBAL mudou o nome do ligeirinho, para Ricardito. Tem coisa mais burra do que isso? Pelo menos Ricardinho ficaria no português que é a língua que ainda falamos. O Arqueiro Verde pelo menos se casou várias vezes e tem mais filhos do que o pessoal do Bolsa Família, o que minimiza quaisquer dúvidas sobre sua preferência de gênero.

CAPITÃO AMÉRICA Criado por Joe Simon e Jack Kirby em 1940, teve seu debut em 1941 com revista própria pela Timely Comics (atual Marvel). Personagem tipicamente criado para exaltar o patriotismo norte-americano no período da segunda guerra mundial. Considerado hoje um dos grandes personagens dos quadrinhos é dotado além da força física, de um extraordinário senso de justiça e moral. Mas mesmo com todos esses predicados, ele não ficou isento do vírus do “ajudante” e sendo ele pouco maior de 21 anos quando recebeu o soro que lhe deu superpoderes, conheceu Bucky Barnes que na imaginação dos seus criadores, era mascote do regimento. Oi? Mascote? Num quartel militar dos Estados Unidos e depois atravessou o Atlântico sem ser convocado para continuar como mascote? Durante o conflito mundial, Bucky lutou ao lado do seu ídolo e ao final dele, com as vendas da revista do herói caindo e as críticas contra os Gibis, os editores entendendo que o após guerra trouxe mudanças, resolveram mata-lo e colocar uma mulher (ufa! até que enfim) como parceira e deu-lhe uma namorada, a Betsy Ross que depois viria a ser uma heroína, a Golden Girl. Bucky ressurgiria décadas depois pela obra e graça de Stan Lee e mais uma vez, já adulto, fez parceria com o capitão. Até o cinema aproveitou esse gancho, para unir os pombinhos.

TOCHA HUMANA - Alter ego de Jim Hammond, foi criado em 1939 por Carl Burgos para a Timely Comics. Hammond, era um androide criado pelo cientista Phineas Horton e que tinha habilidade de inflamar seu corpo e voar, além de controlar o oxigênio usado para sobreviver. Teve como um parceiro chamado Toro que era um mutante e que aqui no Brasil foi chamado de Centelha. Pelo nome já dá pra saber que era um garoto. Como androide não tem sexo, nada será dito sobre essa dupla. Esse herói fez tanto sucesso durante a segunda guerra mundial, quanto o Capitão América e Namor (esse falamos depois) e a revista dele vendia bastante. Depois da Guerra, assim como outros heróis, o desinteresse do publico foi grande. Ainda tentaram recupera-lo para atuar na guerra da Coreia, mas no começo dos anos 50 era só saudade. Nos anos 60 a Marvel trouxe de volta o personagem, mas não era o original e isso já é outra história.

THE LONE RANGER – ZORRO Criado por George W. Trendle e Fran Striker em 1933, esse herói teve seu nome mudado diversas vezes e no Brasil a EBAL como costumava fazer, deu-lhe o nome de Zorro, (não confundir com o Zorro de capa e espada), pois não tinha uma tradução legal para o nome ranger. É o tipo do herói que é misto de mocinho e abobalhado. A maioria dos heróis do velho oeste é composta de durões e não têm parceiros. O Cavaleiro Solitário não ficou tão solitário e arranjou um parceiro para suas aventuras. Tonto é um índio que às vezes chega a ser mais inteligente que o herói. Ele teve algumas histórias solo, mas na maioria das vezes ao lado do seu mentor. Não se sabe qual a origem de Tonto, pois nunca foi contada, mas pelas suas vestes especula-se que pode ser da tribo dos Apaches. A amizade de Zorro com Tonto, sem que nunca o herói tenha mostrado simpatia pelo sexo feminino, foi a que mais deu margem a especulação sobre a sexualidade do mesmo.

Djalma Vasconcelos

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