por Maurício Muniz
O visual de Batman quase foi muito diferente. O uniforme inicialmente criado por Bob Kane para o herói consistia de um colan vermelho, calção preto, uma máscara que cobria apenas os olhos e cabelo loiro. O visual mais conhecido surgiu quando o roteirista Bill Finger remodelou os conceitos de Kane e criou a origem do personagem.
Robin, o menino-prodígio, deveria ter participado de uma única aventura de Batman. Quando surgiu em Detective Comics 38 (1940), Bob Kane queria que personagem se tornasse o parceiro regular de Batman, mas o editor Jack Liebowitz foi contra a ideia, pois achava que o Homem-Morcego estava se saindo muito bem sozinho. Porém, quando a revista vendeu o dobro que as edições anteriores, concordou em manter o garoto como um auxiliar-mirim do herói.
Em 1988, a DC Comics resolveu deixar nas mãos dos leitores o destino de Robin. À época, o personagem era Jason Todd, um orfão tirado das ruas por Bruce Wayne, que já demonstrara certa propensão à violência. Ao final de uma aventura que envolvia o Coringa, a editora criou dois números de telefones para que os fãs ligassem e, por votação, decidissem se Robin viveria ou morreria ao final da história. O resultado final foi 5.343 votos a favor da morte contra 5271 pela salvação de Robin e o personagem perdeu a vida de maneira violenta. Mais tarde, surgiu o boato não confirmado de que um único leitor teria programado um telefone para ligar diversas vezes para o número que pedia a morte do personagem.
Segundo uma lenda da indústria do entretenimento, quando o seriado do Homem-Morcego nos anos 1960 se tornou um grande sucesso, o cantor Frank Sinatra procurou os produtores, interessado em interpretar o Coringa, o palhaço do crime. Mas o ator Cesar Romero já tinha sido contratado para o papel, o que teria deixado Sinatra bastante contrariado.
O seriado do Batman quase teve uma quarta temporada. Quando o canal ABC cancelou a série, após três temporadas, decidiu aguardar algumas semanas para desmontar os cenários da série, caso algum outro canal se interessasse em comprar o programa para sua grade. Após duas semanas, nenhuma oferta surgiu e os executivos decidiram desmontar tudo, a começar pela Batcaverna. Assim que o cenário foi destruído, a rede NBC surgiu com uma oferta para assumir o seriado. Mas, ao descobrir que precisariam gastar cerca de 800 mil dólares para remontar a batcaverna, o canal voltou atrás na proposta.
No início de sua carreira, Batman não atuava em Gotham. Nas primeiras aventuras do herói, iniciadas na revista Detective Comics 27 (de 1939), a cidade que habitava não era especificada. Na edição 31, os autores chegaram até a chamar a cidade de “Nova York”. Mas, tempos depois, o roteirista Bill Finger viu um anúncio de uma certa Joalheria Gotham na lista telefônica, gostou do nome e adotou Gotham City como nome da localidade a partir de Detective Comics 48. Já no Brasil, quando as aventuras de Batman eram publicadas em revistas como O Lobinho na década de 1940, a cidade foi rebatizada como “Riacho Doce”.
Batman enfrentou o Conde Drácula em um filme que quase ninguém viu, de 1964. A produção, sem som e rodada em preto e branca, foi dirigida pelo cineasta e pintor Andy Warhol, um ícone da cultura pop, e era exibida exclusivamente nas exposições do artista.
O nome “Bruce Wayne” foi inspirado por duas figuras histórias reais que lutaram contra a Inglaterra em nome da liberdade: Robert Bruce, o homem que liderou a revolta contra os ingleses pela libertação da Escócia; e o general Anthony Wayne, um herói da revolução norte-americana contra a coroa britânica.
Apesar de estar em atividade ininterrupta desde 1939 como o Homem-Morcego, Bruce Wayne sempre manteve a idade média de 34 anos nos quadrinhos.
Segundo conta em uma edição da revista Starman, escrita por James Robinson, o filme de Woody Allen que Batman mais admira é Crimes e Pecados (1989), que tem, como um de seus temas centrais, criminosos que escapam à justiça.
