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Frank Miller

Frank Miller

Um dos nomes mais influentes dos quadrinhos modernos, o roteirista e desenhista Frank Miller nasceu em Maryland, distrito próximo a Washington, nos Estados Unidos, em 27 de janeiro de 1957, mas passou a infância e juventude no Canadá, quando sua família se mudou para lá pouco tempo após seu nascimento. Contudo, quando começou a pensar em transformar seu interesse por quadrinhos e ilustração em uma carreira profissional, foi para Nova York, à época sede das maiores editoras do mercado, em busca de trabalho. Em 1978, graças a uma indicação do artista Neal Adams, Miller conseguiu uma entrevista na editora Gold Key, que viria a publicar os primeiros trabalhos do artista: algumas histórias curtas na revista baseada na série de TV, Além da Imaginação. Na mesma época, conseguiu trabalhos na DC, produzindo histórias para revistas de guerra como Weird War Tales e Unknown Soldier, e na Marvel, cobrindo artistas regulares por uma ou duas edições em títulos variados. Em uma dessas ocasiões, Miller desenhou duas edições da revista The Spectacular Spider-Man, em 1979,que traziam o Demolidor como convidado especial. Intrigado pelo personagem, Miller mostrou-se interessado em trabalhar na revista do herói cego como desenhista regular. O editor Jim Shooter aceitou a sugestão e Miller estreou na edição 158, de maio daquele ano.

Miller trabalhou ao lado do roteirista Roger McKenzie em algumas edições da revista, então lançada bimestralmente, mas as vendas continuavam ruins pois as histórias não traziam nada de especial. Miller sugeriu então ao novo editor da revista, Denny O’Neil, que o deixasse assumir também os roteiros, de forma a trazer mais urbanidade e tramas policiais às tramas. O’Neil aceitou e deu carta branca a Miller. Ali, influenciado por artistas como Will Eisner (criador do Spirit) e por mangás como Lobo Solitário, Miller causou uma reviravolta na revista, produziu histórias densas e inteligentes e acrescentou uma importante personagem ao mito do herói: a ninja assassina Elektra, que logo se tornou uma favorita dos leitores. As vendas aumentaram e logo a Marvel mudou a periodicidade da revista, que se tornou mensal.

Mesmo enquanto trabalhava no Demolidor e recebia reconhecimento da crítica, Miller ainda achou tempo para desenhar uma história de Natal do Batman; a famosa minissérie que levou Wolverine ao Japão (com roteiros de Chris Claremont) e duas edições anuais do Homem-Aranha. Em 1983, enquanto se preparava par deixar a revista do Demolidor, Miller lançou pela DC seu primeiro projeto autoral, Ronin, sobre um samurai perdido em uma Terra futurista.

1986 foi um grande ano para Miller. O artista lançou pela DC aquela que muitos consideram sua obra-prima, a minissérie Batman: O Cavaleiro das Trevas, em quatro edições, que traz um Batman cinquentão que volta à ativa quando Gotham City é dominada pelo caos. Em formato de luxo e preço mais alto que os quadrinhos regulares, a série foi um grande sucesso de vendas e é considerada um clássico dos quadrinhos. No mesmo ano, Miller roteirizou uma história de sete partes da revista do Demolidor, A Queda de Murdock, que mostra a vida do alterego do herói, o advogado Matt Murdock, transformada em um inferno quando seu inimigo, o Rei do Crime, descobre sua identidade secreta. Também é de 1986 a graphic novel Demolidor: Amor e Guerra, escrita por Miller e pintada por Bill Sienkiewicz. Sienkiewicz também foi o ilustrador da aclamada minissérie Elektra: Assassina, que conta uma aventura solo da namorada de Matt Murdock em luta contra um ser demoníaco e uma organização secreta.

No ano seguinte, Miller uniu-se ao desenhista David Mazzucchelli para contar a origem do Homem-Morcego na história Batman: Ano Um, apresentada nas edições 404 a 407 da revista do herói.

Em 1990, Miller lançou projetos variados. Lançou pela Marvel a graphic novel Elektra Vive, que trazia o último encontro entre Matt Murdock e sua amada; a minissérie Hard Boiled: À Queima-Roupa, uma violenta aventura futurista desenhada por Geof Darrow; Liberdade: Um Sonho Americano, série desenhada por Dave Gibbons que acompanha um mulher, Martha Washington, em um mundo futurista envolto em guerras. O ano seguinte viu o surgimento de Sin City, série com roteiros e arte em preto e branco de Miller, sobre uma cidade dominada pelo crime. Lançada pela Dark Horse Comics, a série foi um grande sucesso e gerou várias continuações. Em 1993, Miller voltou ao Demolidor para contar sua origem na minissérie O Homem sem Medo, desenhada por John Romita Jr. Em 1995, Miller uniu-se novamente a Geof Darrow para Big Guy e Rusty, o Menino-Robô, uma fábula violenta e divertida sobre dois heróis que enfrentam o ataque de um monstro gigante. Em 1998 surgiu um dos trabalhos mais importantes de Miller: Os 300 de Esparta, sobre uma famosa batalha da antiguidade.

Em 2001, Miller voltou a Batman com O Cavaleiro das Trevas 2, que continua as aventuras de seu Batman cinquentão, mas não recebeu a mesma aclamação da crítica e do público. Após se dedicar ao cinema – ao dirigir, ao lado do cineasta Robert Rodriguez, a adaptação de Sin City para as telas –, Miller lançou o álbum Holy Terror, sobre um herói mascarado que enfrenta o grupo terrorista Al-Qaeda. Originalmente, a obra deveria ser uma aventura do Batman, mas Miller resolveu levá-la para outra editora e mudou os personagens básicos da trama. Após codirigir o filme Sin City: A Dama Fatal, de 2014, Frank Miller apareceu em público com uma aparência extremamente debilitada, o que preocupou seus fãs. (Maurício Muniz)

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