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TARZAN - O REI DAS SELVAS

TARZAN - O REI DAS SELVAS

Esse herói é mais um caso raro de enriquecimento do seu autor com apenas uma obra. Edgar Rice Burroughs criou o personagem em 1912, para a revista All-Story Magazine em formato de livro e somente em 1928, quando o autor estava milionário, estreou nas HQs através da revista inglesa Tit-Bits, com desenhos de Hal Foster. No ano seguinte começa a publicação em tiras de jornais americanos.

Não queremos contar aqui o que todo mundo conhece, ou seja, a origem de Tarzan como John Clayton III, o Lord Greystoke e sim fatos sobre esse herói de todos nós, que o tempo esqueceu. O personagem foi criado exclusivamente para a All-Story, mas com o sucesso dos livros sobre o Rei das Selvas, seu autor resolveu gerir a obra e fundou a Edgar Rice Burroughs Inc –ERB- que até os dias atuais briga pelos direitos do personagem. Como originalmente era para ser livro, foi possível criar até uma língua para os macacos; (Mangani), que mais tarde nos quadrinhos viria a ser um estrondoso sucesso. No processo de criação, Burroughs passeou por fases da história, a fim de criar civilizações antigas na África. Vale salientar que ele nunca foi ao continente africano.

No cinema, foi onde o rei das selvas mais se destacou. Sua vestimenta sempre foi uma tanga feita de pele de leopardo (sheeta) e bem curta, mas a censura criticou muito e em 1918, Elmo Lincoln apareceu nas telas como o primeiro Tarzan, coberto com uma pele de leão. Mesmo assim o filme foi um estrondoso sucesso de bilheteria, sendo um dos primeiros filmes mudos a conseguir uma bilheteria acima de um milhão e dólares. Os atores que vieram depois vestiram também roupas mais “comportadas” para agradar a Liga Feminina Americana. A personagem Jane Foster, companheira de Tarzan também sofreu censura, pois vivia com o herói e não era casada com ele. E ainda teve um filho, Boy (Korak).

Os atores que mais fizeram sucesso nos filmes foram: Johnny Weismuller- de 1932 a 1947 -, Herman Brix, que depois mudou o nome para Bruce Bennett – de 1935/1936- Lex Baker – 1949 a 1953- (os críticos dizem que ele foi o melhor Tarzan das telas) e Christopther Lambert – 1984 -.

Dos 24 livros escritos por Burroughs sobre Tarzan, 18 foram lançados no Brasil. A Companhia Editora Nacional foi a primeira a lançar o personagem em forma de livro em 1936 e somente quando a EBAL adquiriu os direitos sobre ele, foi que se tornou um produto muito mais rentável. A fim de incrementar as vendas da revista Tarzan, que era o único herói dos quadrinhos da África colonial e a ERB não tinha outros heróis, foi criada num acordo com a Western Publishing Co, a famosa série Irmãos de Lança (Brother Of The Spear) que saiu da mente de Gaylord du Bois com desenhos de Jesse Marsh e que foi publicada no começo de 1950.

Um fato que passa despercebido dos amantes dos Gibis é que Du Bois já tinha em mente uma história para esses dois personagens, só que eles eram nativos da América pré-colombiana, sendo que o personagem Dan-el era de origem viking e Natongo (que teria um nome indígena era pele vermelha), com a mudança para a África, a trama se desenrola com cunhos racistas. Esses heróis terão um artigo dedicado à eles brevemente.

O sucesso da revista Tarzan fez com que os filmes tipo B do herói, lotasse as salas dos cinemas no final dos anos 40 e durante toda década de 50. Outro fato relevante é que esse herói é um dos poucos a ser criado em uma editora e depois passar a ser de outras. A DC de 1972 a 1977 deteve os direitos do personagem e publicou suas histórias com desenhos de Joe Kubert e a Marvel publicou 29 edições com arte de Jonh Buscema até cancelar a publicação.

Djalma Vasconcelos

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