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 HISTÓRIAS RARAS DE UM OESTE DIFERENTE

HISTÓRIAS RARAS DE UM OESTE DIFERENTE

A maioria das histórias em quadrinhos, principalmente as de faroeste, foi extraída de personagens da vida real, ou cópia de outros protagonistas. Os dois heróis que vamos abordar são exceção à regra e talvez por isso, o sucesso rápido deles foi proporcional à queda de popularidade.

PECOS BILL. Esse personagem faz parte das lendas do velho oeste e do folclore dos Estados Unidos. A lenda sobre esse personagem surgiu por volta de 1849, na época em que os pioneiros desbravaram as terras do oeste do país. Ainda hoje suas histórias são contadas em acampamentos de grandes fazendas, sempre com uma pitada de exagero. Ele é considerado o maior vaqueiro da terra e conta-se que montado em seu cavalo “Widomaker”, conseguiu laçar até mesmo um tornado. Desse mito, o roteirista Edward “Tex” O’Reilly se inspirou para juntamente com o cartunista Jack Warren, criarem em 1923 o herói Will Bill Pecos. Somente em 1929 conseguiram publicar suas histórias em tiras diárias, através do jornal The Sun. Como dissemos no início, o sucesso de um bom produto, faz com que sujam cópias se inspirando nele ou em outros. E foi isso que aconteceu com outro mito do folclore norte-americano, o lenhador Paul Bunyan, cujas histórias eram conhecidas dos lenhadores do norte dos Estados Unidos e que devido ao sucesso de Will Bill Pecos, foi alçado ao panteão das grandes lendas daquele país, muito mais em livros do que em quadrinhos. Em 1937 no Brasil, a Rio Gráfica Editora, (Globo) publicou na revista O Globo Juvenil algumas histórias do personagem, mas com o nome de Bill Dinamite. Ele somente voltaria a ser publicado por aqui em 1954 pela Editora Vecchi e com o nome original. Como nos Estados Unidos as boas vendas continuavam, a Vecchi deu um tratamento VIP para a época em sua revista Álbum de Ouro. Esse tratamento, no entanto, não se justificou em vendas, pois somente dez histórias foram publicadas, sendo canceladas em menos de um ano. Nos Estados Unidos o mercado de histórias do western decaiu desde o final dos anos 60 e atualmente a maioria das revistas do gênero publicadas em outros países, é produzida na Europa e até mesmo no Brasil onde temos excelentes roteiristas e desenhistas.

BRONCO PILER (Bronc Peeler) – Criado por Fred Harman em 1933 no gênero faroeste, para ser publicado em pranchas dominicais(1), esse personagem também seguiu a linha de muitos heróis criados na mesma época e mesmo sendo de um gênero rude e de difícil socialização como é o western, Harman deu-lhe um “amiguinho” de aventuras, que muitas vezes era mais inteligente que o herói. Seu nome era Little Beaver (Filhote de Castor e Pequeno Castor no Brasil), que pela aparência deveria ser um indiozinho Navajo. Bronco Piller também chamado de Nevada, The Lone Cowboy, que de solitário não tinha nada, destacou-se dos demais heróis do gênero por ser um cowboy do começo do século XX. As aventuras desse mocinho, conta a dura vida dos habitantes dos estados de Novo México e Texas no começo do século passado pela posse de terras e roubo de gado. Apesar de ser um tema ainda atual para os brasileiros, as histórias não foram bem aceitas por aqui e tiveram curta duração. As histórias desse personagem foram publicadas bimestralmente pela Rio Gráfica Editora de março de 1956 a agosto de 1959. A Editora Abril também publicou histórias dele e foi a responsável pela mudança de nome do herói de Bronco Piler para Nevada e seu amigo Pequeno Castor foi reduzido para Castorzinho. Atualmente as revistas da primeira fase do personagem que vai até 1938, são as que têm mais valor devido à escassez delas. Um diferencial nas histórias da primeira fase é o traço no desenho dos personagens, que é totalmente diferente de outros heróis criados na época.

Djalma Vasconcelos

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