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HERÓIS INTERPLANETÁRIOS DOS QUADRINHOS

HERÓIS INTERPLANETÁRIOS DOS QUADRINHOS

Desde tempos remotos o homem tem uma fascinação e curiosidade pelas estrelas, planetas e galáxias. Em sua busca para saber de onde viemos, onde estamos e para onde vamos, vários pensadores dedicaram tempo observando e pesquisando o universo. Alguns escreveram ficções, mas que no futuro comprovaram ser possível de realizar como Júlio Verne e H. G. Wells. Nas histórias em quadrinhos esse tipo de aventura só chegou na segunda metade dos anos 20 e fez a rota ao contrário de outros personagens, conforme demonstraremos mais adiante. Falaremos sobre os dois principais personagens do século XX de histórias espaciais e de como o primeiro influenciou todos os outros que vieram depois.

BUCK ROGERS. Criado Philip Francis Nowlan na revista Amazing Stories, da John F. Dillie Company ( depois National Newpapers Syndicate), foi o primeiro herói especial dos comics. A internet está cheia de dados sobre ele, mas vamos resumir e acrescentar fatos que não estão lá. Conta à história de Anthony Rogers, que vindo da primeira guerra mundial, vai investigar uma mina abandonada e inala um misterioso gás que o leva a um período de animação suspensa por 492 anos. Quando acorda no século XXV o mundo está em guerra (pra variar) e ele tem que se adaptar a nova realidade. O sucesso das duas primeiras histórias, contadas como novela, foi tanto que os grandes jornais norte-americanos pela primeira vez passaram a levar um personagem de revista para suas tiras diárias, quebrando uma tradição contrária. Na adaptação da história Armageddon 2419 AD, seu nome que era Anthony foi mudado para Buck Rogers e em 7 de janeiro de 1929 estreou nas pranchas dominicais. Esse herói tinha uma companheira de aventuras e possível romance. A Bela Wilma Deering que era combatente contra os inimigos da terra do século XXV. O personagem foi para o cinema e anos depois para a televisão. Seu sucesso se deu mais nas tiras de jornais do que nos quadrinhos, por culpa de roteiristas de vieram depois e não souberam manter a essência do herói. Durante os quase 90 anos da publicação da primeira história ele passou por várias editoras que igualmente não souberam aproveitar o filão original. No Brasil as suas histórias não tiveram tanto sucesso e a primeira aparição foi na revista o Guri de 1° de junho de 1943, no mesmo número em que foi lançado por aqui o Capitão América. Em 1948 a revista Gazeta da Juventude publicou algumas histórias, mas que não teve vida longa. O sucesso no cinema foi bem maior que em outras mídias. A série protagonizada pelo ator Buster Crabe é um clássico dos antigos seriados. Esse ator, também interpretou o próximo herói que iremos falar. Atualmente os direitos sobre o personagem estão com uma empresa de jogos RPG que licenciou as histórias para o cinema para James Cawley de Star Trek. Esse pioneiro das histórias espaciais foi copiado por outros que vieram depois. Talvez com mais sucesso, mas com certeza sem o ineditismo.

FLASH GORDON. O sucesso de Buck Rogers assim como de outros heróis, fez outras editoras dos Estados Unidos criar personagens inspirados nele. Em 1934, Alex Raymond participou de um concurso patrocinado pela King Features Syndicate para criar um herói que concorresse em pé de igualdade com Buck Rogers. Esse monstro sagrado dos quadrinhos criou um personagem que superou o original. Mais bem trabalhado, estreou em pranchas dominicais e teve imediata aceitação junto ao público, pois na primeira aparição, já sai da terra para o planeta Mongo. Hoje dá até pra rir com o nome desse planeta, que está mais pra nome de gorila, mas na década de 30 era um nome que soava forte junto aos leitores. Ao lado de sua namorada Dale Arden e seu escudeiro e mentor Dr. Zarkov, ele pintou e bordou pelo espaço, azucrinando a vida do imperador Ming (isso é nome mandarim chinês) numa nave que mais parecia ser feita com papel aluminado, mas que segundo pesquisadores, serviu de base para 25 anos depois as naves americanas e soviéticas lançassem seus satélites e astronautas. Flash Gordon explodiu para o mundo e suas histórias logo foram para o cinema. No mesmo ano do seu lançamento nos Estados Unidos, ele foi lançado no Brasil, pois Adolfo Aizen tinha ido participar de um evento a convite do Touring Club e visitado varias editoras tendo trazido à ideia para cá, conforme relatamos em artigo sobre ele e Roberto Marinho. A revista Suplemento Juvenil durante quatro anos deteve os direitos sobre nosso herói, quando em 1939, o jornalista Roberto Marinho, de uma só tacada, comprou os direitos sobre todos os personagens da King Features Syndicate. Hoje se sabe que esse herói inspirou o cineasta George Lucas a escrever o sucesso Star Wars. Atualmente as tiras de jornais que fizeram tanto sucesso, foram desativadas por falta de público. Culpa de outros heróis de um futuro presente como Luke Skywalker e Sr. Spock. Quem sabe se outra produção de Hollywood o trouxer de volta ao século XXI ele não volte aos quadrinhos?

Djalma Vasconcelos

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