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“BRASINHA” VÍTIMA DO CONSERVADORISMO

“BRASINHA” VÍTIMA DO CONSERVADORISMO

Vamos comentar hoje sobre esse personagem dos gibis, que fez mais sucesso no Brasil e em Portugal do que nos Estados Unidos onde nasceu. Para conhecer sua história e destino, é preciso falar de outros heróis dos quadrinhos que antecederam a ele, pois todos, coincidentemente, são da mesma editora, a Harvey Comics.

GASPARZINHO O FANTASMA CAMARADA - (Casper The Friendly Ghost). Criado em 1939 por Seymour Reit e Joe Oriolo, como livro de história infantil e desenho animado produzido pela Famus Studios, com a popularização do personagem foi para as tiras diárias de jornais e depois para revista própria em 1945. O sucesso desse herói camarada no mundo todo chamou a atenção de outras empresas que durante mais de 60 anos foram comprando seus direitos de publicação. O público americano e principalmente a mídia, ávidos por heróis que se identificassem com sua cultura, imediatamente adotou o personagem e a explosão comercial foi imediata. No Brasil a Editora O Cruzeiro foi a primeira a publicar histórias do fantasminha. Como todo bom produto, logo os editores americanos trataram de aumentar a família e criaram o Trio Assombro, esses, voltados para o mal. No Brasil o êxito foi tanto, que até uma música falando dele foi sucesso no começo do programa de TV Jovem Guarda, cantada pelo Trio Esperança. Hollywood também se rendeu fez filmes sobre o mesmo.

RIQUINH0 - (Richie Rich). Criado Alfred Harvey e Warren Kremer em 1953, caiu como um presente num país onde o capitalismo é dogma. Esse personagem que todos conhecem é ainda hoje um produto de muito lucro para os detentores dos seus direitos de publicação, pelo fato de ser o menino mais rico do mundo. Produtos como jogos de brinquedos, cadernos escolares, filmes (Hanna-Barbera comprou dos direitos para o cinema), roupas, ainda são fonte de lucros atualmente nos Estados Unidos e Canadá. No Brasil, a Rio Gráfica Editora (Atual Editora Globo) publicou as historias de menino bilionário, depois a Ediouro, através do selo Pixel Media deteve os direitos quando por queda nas vendas, cancelou os títulos, Riquinho, Gasparzinho e Brasinha. Em 1994 foi feito um filme sobre o personagem, estrelado por Macaulay Culkin, mas foi bombardeado pela crítica e teve uma bilheteria abaixo do que previam seus produtores. Em 1998, foi feita uma sequencia especialmente para vídeo e com outro elenco.

BRASINHA – (Hot Stuff, The Little Devil). Criado em 1957. No Brasil esse diabinho, passou por várias editoras, como O Cruzeiro, Editora Vecchi, Rio Gráfica e Pixel Media. Por aí já se pode avaliar como, mesmo o personagem vendendo bem em nosso país, foi maltratado. Isso é reflexo da campanha hipócrita feita nos Estados Unidos contra ele. Mesmo em sua revista aparecendo coadjuvantes como o gigante Miudinho e Lelo, o sectarismo religioso e o conservadorismo, combateu os editores pelo fato de produzir um herói que mora no “inferno” e mesmo mostrando bondade e graça, não foi perdoado. Há muitos anos Brasinha deixou de ser publicado na América do Norte. Porém, como tudo que é raro, um exemplar das primeiras revistas do “capetinha”, tem um valor muito superior aos dos seus colegas mais antigos.

Djalma Vasconcelos

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