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A Última Caçada de Kraven

A Última Caçada de Kraven

J.M. de Matteis apresentou em 1980 uma minissérie do Wonder Man (batizado no Brasil como Magnum) que envolvia seu irmão Grim Reaper (Ceifador, no Brasil). Nesta minissérie, Magnum seria enterrado vivo e se arrastaria para fora da sepultura. O editor da época, Tom de Falco, recusou a proposta. Alguns anos depois, deMatteis reformulou a história na DC para o Batman enfrentando o Coringa, mas ela também foi rejeitada por causa de "A piada mortal" e mesmo trocando o Palhaço do Crime pelo professor Hugo Strange também não foi aceita. Ao retornar para a Marvel ele reapresentou o projeto para utilizar com o Homem-Aranha e um novo vilão, tendo finalmente sua proposta aprovada.
Durante o desenvolvimento da história aconteceu o casamento do Homem-Aranha, dando um toque mais emocional ao roteiro. E aí também foi decidido utilizar Kraven, o caçador como vilão principal, ao mesmo tempo em que Mike Zeck foi escolhido como desenhista.

Originalmente este arco seria publicado apenas em “Peter Parker, The Spectacular Spider-man”, mas o editor Jim Salicrup decidiu publicá-la através dos três títulos do Homem-Aranha, porque para ele, o impacto seria perdido se o Homem-Aranha continuasse atuando normalmente nos outros dois títulos.

Sergei Kravinoff, mais conhecido como Kraven, o caçador era um sujeito admirado mundo afora pela sua aptidão física. Ele era o maior caçador do mundo, inspirando admiração e coragem e atraindo inveja. Mas um adversário o derrotou e o humilhou: o Homem-Aranha. Sabendo que a morte se aproximava ele decidiu derrotar o heroi. Então, formulando um plano ousado ele procurou conhecer a essência do Aranha, usando ervas e poções para expandir sua mente.

Enquanto isso, o recém casado Peter Parker volta do funeral de um bandido, pensando sobre a morte. Para se distrair, sai balançando pela cidade como Homem-Aranha, quando é atacado, drogado e capturado pelo caçador. Após atirar com um rifle, Kraven leva o corpo do Aranha, coloca em um caixão e o enterra em sua propriedade. Em seguida, utilizando um uniforme do Homem-Aranha ele iniciou uma patrulha por Nova York, mostrando sua forma de justiça, inclusive matando alguns criminosos. Pouco depois ele enfrentou Rattus, levando-o como prisioneiro.

No caixão, o Homem-Aranha se agitava e desesperado para ficar com sua esposa, abriu caminho até a superfície. Duas semanas haviam se passado e após uma breve visita à Mary Jane, ele iniciou sua caçada ao caçador. Ao encontrá-lo, Kraven quis mostrar sua superioridade, golpeou Rattus e desafiou o Homem-Aranha. O heroi atacou Kraven, que não mostrou resistência, apenas sorriu, pois em sua visão ele era o vencedor. Ele deixou o Homem-Aranha vivo, para que o heroi soubesse que não estava morto apenas por que o caçador assim o quis. O Aranha não aceitou combater Rattus e Kraven o libertou, forçando o heroi a persegui-lo. Kraven então pegou uma espingarda e deu um tiro em sua própria boca, suicidando-se. Enquanto isso, finalmente o Homem-Aranha alcança e derrota Rattus, entregando-o sob custódia da polícia. A seguir ele retorna para casa, para ficar com sua esposa.

Para deMatteis a intenção é mostrar como os outros veem o Aranha. Ao tomar seu lugar, Kraven quis provar que era melhor que o original, mas na verdade o que ele se torna não é o Aranha, mas sim o que ele pensa ser o Aranha. Não importa o traje, nem o que faz, Peter Parker é sempre um cara muito humano e Kraven não sabe disso. Essa é a grande diferença.

Este arco teve uma sequência alguns anos depois (agosto de 1992), publicada como uma graphic novel com 48 páginas, intitulada "Amazing Spider-man: Soul of the Hunter", novamente escrita por JM DeMatteis, desenhada por Mike Zeck e capa por Bob McLeod. Esta graphic foi realizada como uma resposta ao suicídio do caçador, que foi mal interpretado como uma apologia ao suicídio.

Aqui o Homem-Aranha é confrontado pelo fantasma de Kraven. O heroi vai ao túmulo do caçador e vê uma aparição, que parece ser a Morte. O Homem-Aranha é forçado a confrontar o corpo de Kraven e ao derrotá-lo, liberta a alma e permite que ele enfim encontre seu descanso.

"A última caçada de Kraven" foi muito bem recebida na época de sua publicação, com críticas bastante positivas. É considerada uma das maiores histórias do Aranha em todos os tempos, inspirando incontáveis imitações por diversos artistas ao longo dos anos.

Este arco foi publicado em “Web of Spider-man # 31 e # 32”, Amazing Spider-man # 293 e # 294” e “Peter Parker, the Spectacular Spider-man # 131 e # 132” (outubro e novembro de 1987). No Brasil foi lançada como minissérie em 3 partes no mês de maio de 1991 (formato americano, editora Abril). Posteriormente a Panini publicou dentro da coleção “Os maiores clássicos do Homem-Aranha” em sua edição # 2 (junho de 2004) e a Salvat publicou mais recentemente dentro da “Coleção de Graphic novels Marvel” em sua edição # 9 (novembro de 2013).

Fontes:

http://www.comicvine.com/kravens-last-hunt/4045-43327/

http://en.wikipedia.org/wiki/Kraven's_Last_Hunt

http://marvel.com/comics/events/258/kravens_last_hunt

http://www.guiadosquadrinhos.com/gibis-com-arco/a-ultima-cacada-de-kraven/1143

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