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Ataque dos Titãs/Shingeki no Kyojin

Este é um dos mangás contemporâneos mais aclamados da década, seu sucesso nacional e internacional com certeza tem razões de ser uma vez que o autor buscou referências nas diversas mitologias do mundo, como a nórdica e a grega, bem como pessoas reais para inspirar a criação de seus personagens, tudo para criar um enredo cativante apesar de trágico. Vejamos mais sobre a obra Shingeki no Kyojin.

Escrita e desenhada por Isayama Hajime, o primeiro esboço do enredo surgiu quando ele tinha apenas 19 anos e escreveu uma one-shot (conto) que já continha alguns elementos da sua futura série. Este trabalho foi primeiramente apresentado a editora Shueisha, no entanto devido ao estilo narrativo do autor ser diferente das outras publicações da empresa o editor sugeriu a Isayama algumas adaptações as quais o autor negou prontamente. Depois, já com o conceito de construir uma história com a base sendo o isolamento ou a “humanidade encurralada” em mente o autor apresentou seu projeto para a editora Kodansha, que o aceitou logo o publicou em uma de suas revistas semanais. Posteriormente após trabalhar em outros trabalhos, em 2009 o editor da Koshansha sugeriu a criação de uma obra completa à Isayama para ser publicada em outra revista. O autor concordou prontamente e trabalhou por cerca de 6 meses desenvolvendo o universo em que se passaria a história e, em setembro daquele mesmo ano. Shingeki no Kyojin foi lançado!

A obra traz um ambiente bastante complexo onde, uma história posterior aconteceu que levou a criação dos 9 Titãs Originais os quais quase acabaram com a humanidade e aterrorizam o mundo até o presente. E descobrir as minúcias deste passado enquanto exploram seu território é tarefa dos irmãos Eren Yager e Mikasa Ackerman e seu amigo de infância Armin Arlet, os protagonistas entram na Divisão de Exploração do exército e partem para descobrir o que há de fato dentro dos muros que o isolam a humanidade remanescente naquele mundo, e quem sabe ir além.

A quantidade de referências de pessoas reais que o autor utiliza para a construção de alguns personagens é bastante interessante, por exemplo, dois dos titãs originais foram inspirados nos lutadores de artes marciais mistas Yushin Okami e Block Lesnar. Para concepção de outros titãs Isayama usou diversas referências desde a Mona Lisa canibal do mangá Jigoku Sensei Nube (1993) até Deuses da mitologia romana como o do quadro “Saturno devorando seu filho”. Acredita-se que o autor também pesquisou arquiteturas medievais como a da cidade de Nordlingen localizada na Alemanha, a qual preserva até hoje uma muralha em seu entorno que inspirou a criação do território humano em sua obra.

Serializada e vendida por capítulo semanalmente no Japão a obra logo ganhou sua versão compilada em mangá no início do ano seguinte devido ao crescente aumento no número de vendas. Nos anos seguintes devido ao aumento da sua popularidade, especialmente após o lançamento do anime, a obra começou a ganhar histórias paralelas criadas e publicadas por outros autores como:

  • Attack on Titan: Junior High/Shingeki! Kyojin Chugakko: versão de comédia escrita por Saki Nakagawa, serializada em 2012. Inédita no Brasil.
  • Attack on Titan: Before the Fall Kodansha: versão que conta sobre os eventos passados em relação a história principal desenhada por Satoshi Shiki, serializada em 2013. Publicada no Brasil pela Panini.
  • Attack on Titan: No Regrets/Shingeki no Kyojin: Kuinaki Sentaku: escrito por Gun Snark e ilustrado por Hikaru Suruga este é baseado no romance No Regrets e foi serializado na revista de mangá shoujo Aria em 2013 com enfoque no personagem da série original Capitão Levi Ackerman. Publicada no Brasil pela Panini.
  • Spoof on Titan/Sungeki no Kyojin: uma paródia desenhada por hounori, foi lançado no aplicativo de smartphone e tablet Manga Box da Kodansha de dezembro de 2013 a 30 de dezembro de 2014. Inédita no Brasil.
  • Attack on Titan: Lost Girls: romance escrito por Hiroshi Seko baseado na obra original o qua posteriormente ganhou uma adaptação em mangá ilustrada por Ryosuke Fuji publicado em 2015. Inédita no Brasil.

Uma última marca quantitativa importante de ser citada foi o fato de que o volume 22 lançado em 07 de abril de 2017 bateu recorde (2,2 milhões) sendo o segundo título a vender mais de 2 milhões de cópias de um volume em território nacional, perdendo somente para o volume 13 de One Piece (2,7 milhões). Atualmente Shingeki no Kyojin está na 12ª posição no ranking de mangás mais vendidos do Japão totalizando mais de 100 milhões de cópias sendo ele e Bleach (2001) os únicos títulos lançados nesta década a atingir essa meta.

Falando agora sobre a recepção do mangá e um pouco sobre como o desenrolar da história ao longo dos anos refletiu para seus leitores. Pouco tempo após sua estreia Ataque dos Titãs começou a ganhar prêmios e ser comentado pela crítica em geral. Em 2011 ganhou o Prêmio Kodansha Manga na categoria Shounen e no anos seguinte a edição de 2012 do Kono Manga ga Sugoi!, guia que pesquisa pessoas da indústria de mangás e editoriais, nomeou a obra como a oitava melhor série voltada para leitores do sexo masculino, posteriormente a edição de 2014 o classificou como o sexto melhor. Enquanto subia nos rankings e premiações em território nacional, a obra também era bem avaliada internacionalmente. Seis dos sete volumes em inglês publicados na nos EUA na época estavam na lista de best-sellers do New York Times em 13 de outubro de 2013, e o primeiro volume permaneceu nesta lista por 81 semanas seguidas. Além disso Jason Thompsom, famoso escritor conhecido por além de suas obras originais ter elaborado o Guia Completo dos mangás, observou como os personagens convenientemente recebiam "power-ups" ao longo da série para criar reviravoltas na trama, mas conclui que essas reviravoltas e o mundo pós-apocalíptico do mangá são "bons demais para se perder".

Porém, apesar da boa avaliação o título sofreu algumas baixas como a censura na China a qual proibiu a distribuição de Ataque dos Titãs/Shingeki no Kyojin, juntamente com outros 38 títulos de anime e mangá argumentando que estes "incluiam cenas de violência, pornografia, terrorismo e crimes contra a moral pública que poderiam potencialmente incitar menores a cometer tais atos" isso foi dito em nota através do Misnistério da Cultura em junho de 2015. Anterior a isso também ocorreu um episódio em que a mídia descobriu um post de Isayama em 2010, afirmando que o design do personagem Dot Pixis se baseava no general imperial japonês Akiyama Yoshifuru, assim, se iniciou uma guerra na Internet sobre o histórico do general (como por exemplo o fato de ter permitindo que o massacre de Port Arthur ocorresse) que se seguiram de ameaças de morte ao autor. Como muitas das ameaças escritas em japonês apresentavam erros gramaticais, os meios de comunicação japoneses afirmavam não ser escritas por falantes nativos de japonês.

Apesar de tudo o estilo de Isayama e a versatilidade do cenário Ataque dos Titãs são bastante elogiados pois eles abrem a possibilidade de criar várias interpretações para a história. Mais recentemente polêmicas quanto a continuação da saga, perda na qualidade do enredo, censura nos animes e até possíveis apologias ao nazismo foram levantadas o que contribui muito para deixar até hoje a obra em alta entre aqueles que curtem quadrinhos e mangás.

Vale a pena a leitura do mangá, confira aqui Shingeki no Kyojin/Ataque dos Titãs!

https://en.wikipedia.org/wiki/Attack_on_Titan

http://kc.kodansha.co.jp/product?item=0000019967

https://shingeki-no-kyojin.fandom.com/pt-br/wiki/Levi_Ackerman

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